terça-feira, 13 de julho de 2010

Cori é a rainha dos pranchões


A norte-americana Cori Schumacher sagrou-se campeã mundial de longboard ao vencer o Roxy Jam 2010, encerrado no último domingo (11/7) em Biarritz, França.


Cori dominou todas as baterias que disputou e soube aliar um surf progressivo com longos hang fives e hang tens.


A final foi disputada contra a compatriota Kaitlin Maguire, nascida na mesma região da Califórnia e que cresceu tendo Cori como mentora. Kaitlin surfou mais no estilo clássico e executou longos hang fives.


As brasileiras foram eliminadas logo na estreia e acabaram na 17º colocação. Escaladas nas baterias 7, 8 e 10, as brasileiras Cristiana Pires, Chloé Calmon e Karina Abras enfrentaram difíceis condições em um horário em que as ondas quebravam no outside e enchiam depois do drop.


Em Biarritz, a maré influencia muito na formação das ondas. O que se viu foram baterias em condições precárias, com a onda fechando inteira e média de notas baixas. Já com a maré enchendo, uma direita perfeita se formava e as atletas que tiveram a sorte de cair nesta hora deram um show de longboard.


Mesmo com a coroação da campeã mundial, o Roxy Jam não acabou por aí. Na última segunda-feira (12/7) foram realizadas três baterias da Expression Session, que pontua a manobra mais radical e a melhor manobra de bico.


Chloé Calmon caiu na primeira bateria e executou belos hang fives, mas não conseguiu avançar diante das inspiradas Cori Schumacher e Summer Romero, que executaram os melhores nose rides. Já Justine Dupont e Ashley Quintal executaram a manobra mais radical e também avançaram para a semifinal.


Na segunda bateria, a brasileira Cristiana Pires avançou junto com Jennifer Smith com a manobra mais radical, enquanto Kassia Meador e Kaitlin Maguire executaram os melhores nose riders.


Na terceira bateria, a brasileira Karina Abras também avançou com a manobra mais radical e Coline Menard e Ophélie Ah-Kouen com melhores nose riders.


Além da Expression Session, muitas outras atrações ainda acontecem em Biarritz como festival de arte e shows. O campeonato se encerra na quarta-feira (14) com uma bonita festa no cassino da Grand Plage, em um dos maiores feriados franceses, a queda da Bastilha.


Uma linda queima de fogos está marcada para finalizar este que é um dos melhores campeonatos do mundo do surf.

Resultado do Roxy Jam 2010

1 Cori Schumacher (EUA)
2 Kaitlin Maguire (EUA)
3 Joy Monahan (Haw)
3 Justine Dupont (Fra)
5 Kelly Nicely (EUA)
5 Jennifer Smith (EUA)
5 Coline Menard (Reu)
5 Kelia Moniz (Haw)
17 Chloé Calmon (Bra)
17 Cristiana Pires (Bra)
17 Karina Abras (Bra)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Latinos estreiam em Puerto


Válido como quarta etapa do Tour Latino Masculino de Bodyboard, o Zicatela Pro 2010 acontece entre os dias 28 de julho e 6 de agosto no temido beach break de Puerto Escondido, México.


Os maiores nomes do bodyboard mundial devem marcar presença no evento que oferece US$ 20 mil em prêmios e 2.000 pontos no ranking masculino da América Latina.


A disputa ainda é válida pela segunda etapa do Circuito Mundial Feminino e como terceira do Mundial de Dropknee.


“Sem dúvida o evento promete ser emocionante. A proposta é seguir os rumos trilhados por localidades como Arica, no Chile, que passou por uma preparação até se consolidar no circuito mundial”, comenta Chico Garritano, head judge da IBA (International Bodyboard Association).


O hexacampeão mundial Guilherme Tâmega é o líder do Tour Latino com 2.556 pontos, seguido de perto pelo catarinense Eder Luciano e pelo atual campeão do circuito, o capixaba Magno Oliveira, os ambos com 2.171 pontos.


Entre as mulheres, a líder é a cearense Isabela Sousa, que venceu a etapa de Búzios (RJ) e assumiu a ponta do ranking. Na segunda posição aparece a capixaba Maylla Venturin, vice-campeã da etapa de Búzios.

domingo, 11 de julho de 2010

Parko fora de Jeffreys

O australiano Joel Parkinson está fora do Billabong Pro que rola entre os próximos dias 15 e 25 de julho, em Jeffrey's Bay, África do Sul.

Atual campeão da prova, o atleta de 29 anos sofreu um corte no pé durante uma sessão de surf em Snapper Rocks na manhã desta sexta-feira.

Parko sofreu a contusão ao cair dentro de um tubo e chocar-se com a prancha. "Logo percebi que o corte era muito grave. Não queria olhar pra ele porque sabia que não estava nada bem", conta Joel.

Joel contou com a ajuda de um grande amigo e também do tricampeão mundial Andy Irons, que estavam surfando com ele no momento do acidente.

"J-Bay é um dos meus eventos prediletos, por isso estou obviamente desapontado por não estar lá este ano. Depois de uma parada tão longa, eu estava realmente muito ansioso para competir novamente e surfar J-Bay", lamenta o vice-campeão mundial de 2009.

Depois da etapa sul-africana, o calendário terá um intervalo de seis semanas até o evento seguinte, o Billabong Pro no Tahiti, a partir de 23 de agosto.

"De certa forma eu tive sorte de acontecer isso agora e não no final do ano, quando os eventos são um atrás do outro. Pelo menos eu tenho tempo agora para acertar e ficar pronto para o Tahiti", conclui o top.



Fonte Aspworldtour.com

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Jeffreys esquenta o Tour


Depois da belíssima vitória do potiguar Jadson André em Imbituba (SC), chegou a vez de o World Tour 2010 voltar a entrar em cena.


Desta vez, os tops duelam nas perfeitas direitas de Jeffrey's Bay, África do Sul, palco do Billabong Pro, quarta etapa da temporada.


A competição acontece entre os próximos dias 15 e 25 de julho. As baterias já foram definidas e os brasileiros Jadson André e Neco Padaratz abrem a prova contra o tricampeão mundial Andy Irons.


No quinto confronto, novamente dois brasileiros entram em ação - Adriano de Souza e Marco Polo encaram o português Tiago Pires na briga por uma vaga direto na terceira fase.


Em 2009, o Billabong Pro foi vencido pelo australiano Joel Parkinson, que na final superou o norte-americano Damien Hobgood.


Atual líder do ranking, o norte-americano Kelly Slater chega a J-Bay motivado a dar mais um passo em busca do décimo título mundial. Em sua estreia, Slater enfrenta um convidado da Billabong e o jovem australiano Owen Wright.


Primeira fase do Billabong Pro 2010

1 Jadson André (Bra), Andy Irons (Haw) e Neco Padaratz (Bra)
2 Bede Durbidge (Aus), Luke Stedman (Aus) e Adam Melling (Aus)
3 Dane Reynolds (EUA), Daniel Ross (Aus) e Jay Thompson (Aus)
4 Bobby Martinez (EUA), Jeremy Flores (Fra) e Nate Yeomans (EUA)
5 Adriano de Souza (Bra), Tiago Pires (Por) e Marco Polo (Bra)
6 Joel Parkinson (Aus), Tom Whitaker (Aus) e Blake Thornton (Aus)
7 Jordy Smith (Afr), Roy Powers (Haw) e Joan Duru (Fra)
8 Kelly Slater (EUA), Owen Wright (Aus) e convidado
9 Taj Burrow (Aus), Damien Hobgood (EUA) e convidado
10 Mick Fanning (Aus), Kieren Perrow (Aus) e convidado
11 Taylor Knox (EUA), Luke Munro (Aus) e Tanner Gudauskas (EUA)
12 C.J. Hobgood (EUA), Kekoa Bacalso (Haw) e Matt Wilkinson (Aus)
13 Fred Patacchia (Haw), Patrick Gudauskas (EUA) e Brett Simpson (EUA)
14 Michel Bourez (Tah), Dean Morrison (Aus) e Dusty Payne (Haw)
15 Chris Davidson (Aus), Michael Campbell (Aus) e Drew Courtney (Aus)
16 Adrian Buchan (Aus), Ben Dunn (Aus) e Travis Logie (Afr)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Páginas verde e amarelas


A Surfing já foi mais brasileira. Dez anos atrás - ou quase isso, em novembro de 2000 - a revista mais ianque do surfe publicava uma edição repleta de referências positivas ao Brasil. Era uma época de apostas altas em fichas verde e amarelas.


O surfista da capa não era brasileiro, mas o resto, sim. O editor dividiu em dois a palavra “domination”. Num lado, abaixo da expressão “domi”, Teco Padatatz está apresentado num perfil generoso. No outro, seguido por “nation”, aparece o título “Amadores brasileiros mandam no mundo”, numa referência ao ISA Games de Pernambuco, quando a molecada vestiu a amarelinha e, escoltada por alguns profissionais, massacrou os gringos como nunca dantes na história do esporte.

Logo nos primeiros anúncios de página dupla, Peterson Rosa aparece dando um aéreo para vender a linha de shorts Maori da MCD. Bronco era tratado com um respeito hoje raramente concedido a atletas brasileiros que defendem grandes marcas.


Algumas páginas depois, lá está Teco, num sofisticado perfil assinado pelo jornalista Vince Medeiros, um gringo-abrasileirado que sabe driblar palavras duras num texto. Sob o título “The unsinkable brasilian”, algo como “O brasileiro insubmergível”, numa referência à reação improvável do catarinense.


Um ano antes ele havia perdido a vaga no WCT e, naquela altura de 2000, ocupava o respeitável terceiro posto do mundo, depois de beliscar pódios de respeito, com um segundo em Bells e um terceiro em J-Bay.

Nas generosas quatro páginas em que o brasileiro foi retratado, são só elogios. “Ele é boa pinta, tem uma mulher bonita, uma casa espaçosa e um paco gordo de dólares vazando de sua carteira. Não apenas isso, mas ele é também o surfista mais bem-sucedido da história a vir do Brasil.” E Teco, dono de uma auto-estima à altura de seu surfe, não se faz de rogado: “Eu me tornei essa incansável máquina de surfe, o que é ótimo porque eu estava surfando bem e ganhei o respeito de todos os gringos”, conta ao jornalista, lembrando de competição no circuito nacional americano, a NSSA.

Perguntado sobre a perspectiva de título, ele responde: “Eu só estou aqui pelo surfe. Vamos ver onde isso vai me levar”. E o autor do texto emendou: “Um surfe que pode muito bem levá-lo ao topo. Vamos apenas esperar e ver.”


Meia dúzia de páginas à frente, uma matéria de página dupla anuncia: “Missão impossível - domínio mundial absoluto: Brasil destrói o ISA Games” A matéria começa num tom blue por conta de uma das piores performances da equipe americana na história do evento.


Os EUA foram jogados na escória da 10ª posição, atrás de países que a esta altura não tinham qualquer história no surfe, como Nova Zelândia, Espanha, Portugal, Taiti e França.

Lá pelo meio do texto, o autor arrisca: “Os juniores brasileiros - Marcondes Rocha, Bernardo Pigmeu e André Silva - vinham sendo o ponto alto do evento. Cada um desses três garotos vão um dia navegar para cima do ranking do WCT.”

E, antes que a revista acabe, anunciando a próxima edição, uma foto de Neco Padaratz ilustra a apresentação da cobertura do WCT de Huntington Beach, que teve o próprio em terceiro. No ano anterior, Neco vencera, com Fabinho em segundo e Vitinho em terceiro, no melhor resultado da história do surfe brasileiro no WCT.

Desde a fatídica Surfing de novembro de 2000, quase 10 anos se passaram. As apostas se revelaram furadas. Do dia que a revista saiu do forno em diante, tivemos problemas de adaptação em eventos de prime location, grandes ídolos jogados à aposentadoria, renovação insuficiente e, mais que tudo, quase nenhum espaço na mídia americana. Voltamos a vencer há dois anos, com o convidado especial Bruno Santos, e agora, com as novas estrelas, Adriano de Souza e Jadson André.

Algo me diz que os títulos são o prenúncio um novo ciclo de valorização do surfe brasileiro. Mas há quem duvide. Ian Cairns outro dia se disse entediado com a performance de Mineirinho. E Kelly Slater deu a entender que Jadson é apenas mais um excelente surfista de ondas pequenas criado nos beach-breaks brasileiros.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Tahiti, copa e crowd brazuca


Em mês de copa do mundo pensei que poderia ter me agilizado anteriormente para desfrutar na África do Sul de alguns jogos e das ondas de Durban, Cape Town e Jeffreys Bay, próximo a Port Elizabeth. Na falta, nada mal estar no Tahiti rodeado de um monte de brasileiros e assistindo aos jogos na maior torcida.


Quantidade grande de tupinikins assitindo jogos em Teahupoo, logo o crowd na água era constante. Quando via os reports do fotógrafo Aleko Stergiou antes de embarcar, falava: "Nossa, nunca vi um crowd tão grande de brasileiros no Tahiti".


Quando cheguei à casa do nativo Marama na região de Vairao, já famosa por receber surfistas verde-amarelos, deu pra comprovar a situação, tinha uns “15 nego”, ou mais. Tardei em quatro dias minha viagem relâmpago em virtude de uma greve que assolava a ilha, pois
Galera brazuca reunida para assistir os jogos do Brasil. Foto: Aleko Stergiou.

nem o aeroporto funcionava. Que o diga a equipe da Smolder, que ficou “entalada” no Chile antes de chegar a Papeete. Peguei a mesma conexão que eles quando passei pelo Chile.


Desde minha saída do WCT (hoje WT) em 2003, não voltava ao Tahiti, porém deu pra constatar que está tudo igual, salvo os filhos das famílias das casas nas quais me hospedava, pois estão enormes. Os preços das hospedagens também tiveram um acréscimo e no caso dos aluguéis de embarcações dobraram. Alguns triplicaram.


Meus quatro primeiros dias de Teahupoo foram de fortes chuvas, diferente daquelas fotos que Aleko (mom bebê) estava enviando ao Waves, nas quais águas limpidas e cristalinas deixavam os corais translúcidos. Salvo por um pequeno break na chuva e ventania, o quarto dia teve o ápice de um swell entre 6 e 10 pés, talvez com séries um pouco maiores para alegria e adrenalina da galera.


Assim que chegamos em Teahupoo, com o barco lotado de brazucas, a dupla brasileira de tow in Victor Faria e Rodrigo Koxa fazia um treinamento visando dias maiores. Aldemir Calunga encontrava-se em uma embarcação posicionando um fotógrafo para seu trabalho.


Vendo de cara uma onda enorme do Koxa, perguntei ao Calunga o real tamanho do mar. "Fia, se liga, tem onda maior do que essa que passou”, disse o potiguar. Esperamos um pouco e fomos aos poucos abrindo o pico na remada.


Caí junto com Thiago Guimarães e em poucos minutos já estávamos descendo as pacoteiras quadradas. Surfei com uma 6’6" mais larga e mais grossa do que costumo usar, pois não abro mão de ter uma prancha com bastante remada naquele pico, tamanha a velocidade na qual se deslocam as paredes.


Um par de ondas surfadas e chegaram também Pedro Manga e Felipe Cesarano, o Gordo. Nas maiores sempre vinha a dupla do tow, ora Coxa, ora Faria. Os caras vinham lá de trás e era impressionante a velocidade atingida por eles.


Fiquei incrédulo ao ver Heitor Pereira ser rebocado e passar por uma seção tubular que jamais achava que ele iria completar. Porém a onda de Teahupoo é espetaculosa, muitas vezes é 10 ou 0. Pra felicidade do Heitor, a dele foi 10.


O local Raimana Van Bastolaer também apareceu para rebocar um amigo e quando o puxou colocou o cara em uma onda maravilhosa. Não lembro o nome do cara, porém depois ele pegou um ótima na remada também. As ondas não paravam, o surf estava intenso.


Chegaram mais brasileiros. Bernardo Lopes e Diego Santosmque morando atualmente no Hawaii já se encontram em Teahupoo há um bom tempo. Foram muitos tubos e ondas sinistras. Drops atrasados e algumas vacas animais, pois em Teahupoo não se pode pensar duas vezes antes do drop, é remar e remar forte, jogando totalmente o peso do corpo rampa abaixo, tal como fazem os caras do skate nos half pipes, pois só assim o cara será feliz e sairá pro abraço no canal.


Adrenalina a mil. No dia seguinte as ondas perderam um pouco de tamanho e alinhamento, porém boas ondas foram surfadas, com destaque para os tubões de Calunga e Marco Polo. Junho e Julho são meses de muitos ventos e chuvas no Tahiti, mais precisamente em Teahupoo, devido sua cadeia de montanhas.


Logo os 15 dias que passei lá foram uma certa briga com o tempo. Mas nada que não deixasse outros picos funcionando, como era o caso de Vairao, próximo ao nosso QG e a ilha de Moorea, onde pegamos um dia magnífico nas direitas de Temae. Cito aqui como uma das mais belas ondas que já surfei, juntando à minha lista onde se encaixam também Honolua Bay e Black Rock, na Austrália.


Em nossa passagem retornando de Moorea para Papeete, impressionou a marola que a potente embarção fazia no reef localizado na entrada do porto. As ondas haviam baixado, porém alguns surfistas e bodyboarders posicionavam-se na bancada esperando a marola do barco. Vendo uma ondinha de meio metro entrar perfeita e quadrada pensei: ali não fica flat nunca, ou pelo menos, mesmo flat, de hora em hora entra uma série perfeita com a aproximação do grande fast ferry.


Quando estava próximo de retornar ao Brasil, Teahupoo não esteve bom. Apenas ondas de 1,5 metros sem quase nenhum tubo. Logo a direitinha de Teavaiti funcionou. Eram ondas com cerca de 1 metro a todo momento e uma certa remação, pois a correnteza era grande.


Pelo menos reciclava o crowd de brasileiros, uns 10 na água. Impressionaram as manobras arrojadas e aéreas dos mais novos, como Rudá Carvalho, Marco Fernandez, Jessé Mendes, Ian Gouveia e as fortes rasgadas cortantes de Márcio Farney e Marco Polo, como também as sapatadas de Dunga Neto.


Depois dias intensos, encontrava-me de volta ao Chile, onde na fila da imigração os agentes nos olhavam atravessados devido ao término do jogo naquele exato momento, em que Brasil havia batido a seleção daquele país por 3 a 0.

Fonte: waves

domingo, 4 de julho de 2010

Caetano Vargas leva a melhor


O paranaense Caetano Vargas, 22 anos, é o grande vencedor da segunda etapa do SuperSurf International, encerrada neste domingo (4/7) em ondas de meio metro e séries demoradas na praia de Maresias, São Sebastião (SP).


Para vencer, ele dominou o duelo do início ao fim e derrotou na final o guarujaense Magno Pacheco, 21, por 13.90 a 8.90 pontos. Esta foi a primeira final de ambos em uma etapa do WQS.


“Estou muito feliz. Tudo deu certo para mim hoje. As ondas vieram nas baterias e só tentei mesmo mostrar o meu surf. Na final eu peguei
Magno Pacheco tem melhor resultado da carreira. Foto: Daniel Smorigo / ASP South America.

uma esquerda abrindo e fui soltando as manobras até onde deu. Depois não veio mais nada de onda boa e fiquei só administrando o resultado até o fim da bateria”, conta Caetano Vargas, que até então só tinha uma vitória na carreira profissional, conquistada em uma etapa do Circuito Paranaense na Ilha do Mel.


“A gente sempre chega com uma esperança, mas não acredita tanto que vai vencer. Mas campeonato é isso mesmo, acho que hoje era o meu dia. Agora estou na frente do ranking, mas isso é consequência do trabalho dentro d'água", explica o novo líder do SuperSurf 2010.


Apesar de buscar a todo preço, Magno Pacheco não encontrou as ondas que precisava na final para tentar reverter o resultado.


“Tentei tudo, arrisquei as manobras, dei aéreo, mas a calmaria predominou na bateria e ele teve sorte de pegar duas ondas boas logo no começo da bateria, então já garantiu a vitória ali. Mesmo assim estou feliz, amarradão pelo meu primeiro pódio como profissional e parabéns ao Caetano Vargas, que é um batalhador também e merecia a vitória também”, elogia Magno Pacheco.


Anteriormente, na primeira semifinal, Magno Pacheco passou pelo paulista David do Carmo em uma disputa apertada a cada onda e venceu por 13.76 a 12.90.


“Era a vez dele me vencer hoje e estou tranquilo. Sei que fiz meu trabalho e o terceiro lugar é um bom resultado também. Acho que Deus abençoou o Magno hoje, é um guerreiro também buscando seu espaço e sei que minha hora vai chegar. Quando tiver que ser, será”, diz David do Carmo.


Na outra semi, Caetano Vargas eliminou sem dificuldades o ubatubense Renato Galvão por 15.00 a 10.00, em outra batalha com poucas ondas.


“O mar ficou bem difícil e sem onda não dá pra surfar. O Caetano teve sorte de pegar uma primeira muito boa no início, uma das melhores desta manhã, e eu não tive o que fazer. Eu tinha que esperar uma high score para entrar na briga, não dava para ficar pegando as menores, só que infelizmente foram uns 20 minutos sem onda na bateria. Mas parabéns a ele que surfou bem as que pegou”, elogia Renato Galvão, que é o recordista de vitórias em etapas do SuperSurf.


Além de faturar US$ 12 mil dólares, Caetano Vargas assume a liderança na corrida pelo Peugeot oferecido ao melhor nas quatro etapas do SuperSurf Internacional 2010. As próximas serão no mês de outubro em Florianópolis (SC) e no Rio de Janeiro (RJ), palco da final da temporada.


Resultado da segunda etapa do SuperSurf International 2010


1 Caetano Vargas (Bra)
2 Magno Pacheco (Bra)
3 Renato Galvão (Bra)
3 David do Carmo (Bra)
5 Caio Ibelli (Bra)
5 Thiago de Sousa (Bra)
5 Victor Ribas (Bra)
5 Denis Tihara (Bra)

Ranking SuperSurf 2010 depois de duas etapas

1 Caetano Vargas (Bra) – 1.500 pontos
2 Marco Aurelio (Bra) – 1.400
3 Renato Galvão (Bra) – 1.230
4 Robson Santos (Bra) – 1.180
5 Simão Romão (Bra) – 1.050
6 Caio Ibelli (Bra) – 1.010
6 Denis Tihara (Bra) – 1.010
8 Magno Pacheco (Bra) – 1.004
9 Messias Felix (Bra) – 970
9 Victor Ribas (Bra) – 970
9 Saulo Junior (Bra) - 970

Ranking ASP South America depois de nove etapas


1 Alejo Muniz (Bra) – 7.255 pontos
2 Raoni Monteiro (Bra) – 7.114
3 Willian Cardoso (Bra) – 7.059
4 Hizunomê Bettero (Bra) – 6.976
5 Heitor Alves (Bra) – 6.083
6 Wiggolly Dantas (Bra) – 5.728
7 Rodrigo Dornelles (Bra) – 5.637
8 Leandro Bastos (Bra) – 4.602
9 Pedro Henrique (Bra) – 4.594
10 Gustavo Fernandes (Bra) – 4.374

ASP World Ranking depois de 24 etapas

1 Taj Burrow (Aus) – 24.125 pontos
2 Jordy Smith (Afr) – 22.191
3 Kelly Slater (EUA) – 21.750
4 Jadson André (Bra) – 21.689
5 C. J. Hobgood (EUA) – 19.484
6 Adriano de Souza (Bra) – 18.557
7 Mick Fanning (Aus) – 17.794
8 Bede Durbidge (Aus) – 16.183
9 Dane Reynolds (EUA) – 16.003
10 Chris Davidson (Aus) – 15.813
15 Heitor Alves (Bra) – 11.460 pontos
16 Raoni Monteiro (Bra) – 10.995
18 Wiggolly Dantas (Bra) – 10.484
23 Alejo Muniz (Bra) – 9.847
27 Willian Cardoso (Bra) – 9.421
32 Neco Padaratz (Bra) – 8.608
42 Hizunomê Bettero (Bra) – 7.182
43 Rodrigo Dornelles (Bra) – 7.179
55 Marco Polo (Bra) – 5.996

sábado, 3 de julho de 2010

Aritz Aranburu leva o título do Maresia Surf International


Diferente do ano passado, a experiência prevaleceu no Maresia Surf International 2010. O gaúcho Rodrigo Dornelles, 36 anos, barrou o defensor do título, Gabriel Medina, 16, com o também ex-top da elite mundial, Aritz Aranburu, 24, do País Basco, fazendo o mesmo contra outro paulista da nova geração, Caio Ibelli, 17 anos, nas semifinais. Na bateria decisiva, entraram poucas ondas boas e Aranburu achou duas regulares para faturar o prêmio máximo de 20.000 dólares e os 3.000 pontos da etapa nível 6 do ASP World Star que festejou 25 anos de eventos do Circuito Mundial em Santa Catarina. O campeonato foi um sucesso principalmente de ondas, que ficaram entre 6-8 pés durante toda a semana na Praia Mole de Florianópolis.

“Estou muito feliz. Foi um campeonato muito bom pra mim, tivemos alguns dias de mar bem difícil e hoje deu tudo certo pro meu lado”, vibrou Aritz Aranburu, que saltou do 60.o para o 35.o lugar no ASP World Ranking. “Infelizmente, não conseguimos pegar boas ondas na final, não surfei o meu melhor, mas que bom que foi o suficiente para vencer. O Rodrigo (Dornelles) é um grande surfista e foi um prazer fazer a final com ele. É muito bom vencer aqui no Brasil. É um lugar que gosto muito de vir, sempre consigo bons resultados e já vou ficar esperando ansioso para voltar para cá para tentar outra vitória”.

Em 2006, ele ganhou a etapa de Fernando de Noronha (PE) e no ano seguinte venceu a realizada na sua casa, em Zarautz, no País Basco. A vitória no Maresia Surf International foi conquistada nas últimas ondas que surfou tanto na final como na semifinal contra o jovem paulista Caio Ibelli. “Aconteceu a mesma coisa nas duas baterias, quando surfei minha melhor onda no finalzinho. Acho que foi um pouco de sorte, mas eu ficava a bateria toda esperando por uma onda boa e uma hora tinha que vir”, falou Aranburu.

O gaúcho Rodrigo Dornelles tentou tudo para acabar com um longo jejum de 12 anos da sua única vitória no Mundial WQS, conquistada em 1998 no Peru. Ele escolheu surfar no lado esquerdo, enquanto o surfista do País Basco foi para o direito. O brasileiro surfou as primeiras ondas, porém só conseguindo fazer uma manobra. A primeira onda regular foi a de Aritz Aranburu, que valeu nota 5,67. O gaúcho continuou arriscando tudo nas ondas que pegou, mas sempre errando a segunda manobra. Já o campeão confirmou o título na última dele, quando ganhou nota 7,00 para fechar o placar da vitória em 12,67 x 6,67 pontos.

“A sorte esteve do meu lado no campeonato inteiro, menos agora justamente na final. Mesmo assim, não posso reclamar, mas queria muito ter vencido o evento”, lamentou Rodrigo Dornelles, que subiu da 76.a para a 59.a posição no ASP World Ranking. “Desta vez, meu adversário foi o mar. Não consegui fazer mais de uma manobra em nenhuma onda, todas encheram muito. A única que eu poderia ter feito melhor, acabou que cai, pois arrisquei uma manobra forte e a prancha descolou, então não era pra mim mesmo. Tudo bem, estou amarradão de voltar a fazer uma final e ganhar um dinheirinho pra ajudar pagar as contas”.

Viradas de placar na última onda marcaram o domingo decisivo do Maresia Surf International 2010. Foi assim que o defensor do título, Gabriel Medina, derrotou o havaiano Sebastien Zietz nas quartas de final, que o também paulista Caio Ibelli despachou o carioca Pedro Henrique na disputa seguinte, com o mesmo Caio Ibelli levando o troco na semifinal contra o basco Aritz Aranburu. Ele abriu a bateria com nota 8,17, a maior do último dia, mas no final o surfista do País Basco arrancou um 7,67 para ganhar por 12,40 x 11,17.

“Infelizmente não consegui uma segunda nota pelo menos regular para somar”, reclamou Caio Ibelli. “Eu tinha a melhor onda da bateria, a classificação estava na minha mão e eu não consegui passar, pois ele no finalzinho virou o resultado. Mas, tudo bem. A final era meu objetivo, deixei escapar, mas esse é o melhor resultado que tive no Circuito Mundial. Fiquei feliz por isso, mas muito ttriste por não ter ido pra final”.

Caio Ibelli dividiu o terceiro lugar no pódio do Maresia Surf International 2010 com o campeão do ano passado, Gabriel Medina, que foi barrado no confronto de gerações pelo representante da velha guarda, Rodrigo Dornelles. “Venci no ano passado aqui, mas dessa vez não deu, paciência. Não consegui achar as ondas na bateria, gostaria de ter ido pra final de novo, mas estou feliz com outro bom resultado que consigo aqui nessa praia que está marcada na minha história. Parabéns para o Pedra (Rodrigo Dornelles)”.

Uma das disputas mais emocionantes do último dia foi a quarta de final entre o defensor do título, Gabriel Medina, com Sebastien Zietz. O havaiano liderou toda a bateria e quando restavam 8 segundos para o término, o paulista conseguiu aplicar sua arma mortal para virar o placar com dois aéreos na mesma onda. O resultado foi apertado, 10,90 x 10,33 pontos, com o recordista de nota (9,33) do campeonato ficando em quinto lugar no Maresia Surf International, recebendo 2.950 dólares e 1.266 pontos.

“É sempre muito frustrante perder no final da bateria”, lamentou Sebastien Zietz, último com chances matemáticas de ainda ingressar na lista dos 10 que sobem para o Dream Tour da ASP neste evento. “Queria muito ter passado para as semifinais, mas não deu. O Gabriel (Medina) é um bom garoto, vem surfando bem e pena que perdi, pois queria aproveitar mais hoje, que é o melhor dia de ondas da semana aqui. Mas estou feliz com meu desempenho. Saio daqui com o recorde de nota do campeonato, então foi bom também”.

Também na contagem regressiva para o término da bateria, o jovem paulista Caio Ibelli virou sobre o carioca Pedro Henrique para ser mais um grande valor da nova geração verde-amarela no pódio do Maresia Surf International 2010. Pedrinho ficou em quinto lugar, empatado com Sebastien Zietz, o paulista Robson Santos e o carioca Leandro Bastos, que perdeu a última quarta de final para o espanhol Aritz Aranburu.

O Maresia Surf International 2010 foi patrocinado pela marca de surfwear Maresia e pelo Governo do Estado de Santa Catarina, através do FUNDESPORTE - Fundo de Incentivo ao Esporte da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte. Realização da Prefeitura de Florianópolis e da Fundação Municipal de Esportes, organização do Salva Surf Brasil e Federação Catarinense de Surf (FECASURF), com Grupo RBS e Rede Atlântida FM sendo os parceiros de mídia.

O evento aconteceu com apoio do deputado federal William Woo, o Praia Mole Eco Village, El Divino Lounge, TAO Pilates e das lojas Jamaica Surf Shop, Tent Beach Boardshop, Overboard, Sumatra Surf Co., Planeta Surf Board Shop, Aloha Surfshop, Paranoid, Surf Trip, Bahamas Surfshop, Fissura, Ecológica, New Look Surfwear, Bali e Mabuya Surfwear. Cobertura oficial das revistas Fluir e Wave Wind Sports, Jornal Drop e sites Waves e Solto, com tudo sobre o evento podendo ser acessado pelo www.maresia.com.br

FINAL DO MARESIA SURF INTERNATIONAL – 12.67 x 6.67 pontos:
Campeão: Aritz Aranburu (ESP) - US$ 20.000 e 3.000 pontos
Vice-campeão: Rodrigo Dornelles (BRA) - US$ 10.000 e 2.250 pontos


ASP WORLD RANKING – 20 etapas:
01: Taj Burrow (AUS) – 24.125 pontos
02: Jordy Smith (AFR) – 22.191
03: Kelly Slater (EUA) – 21.750
04: Jadson André (BRA) – 21.689
05: C. J. Hobgood (EUA) – 19.484
06: Adriano de Souza (BRA) – 18.557
07: Mick Fanning (AUS) – 17.794
08: Bede Durbidge (AUS) – 16.183
09: Dane Reynolds (EUA) – 16.003
10: Chris Davidson (AUS) – 15.813
--------os 10 indicados para o Dream Tour 2011:
15: Heitor Alves (BRA) – 11.460 pontos
16: Raoni Monteiro (BRA) – 10.995
19: Damien Hobgood (EUA) – 10.252
20: Wiggolly Dantas (BRA) – 10.247
22: Alejo Muniz (BRA) – 9.847
24: Gabe Kling (EUA) – 9.778
25: Andy Irons (HAV) – 9.756
27: Josh Kerr (AUS) – 9.307
29: Willian Cardoso (BRA) – 8.946
32: Neco Padaratz (BRA) – 8.608

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Estados reforçam elenco


A segunda etapa do Billabong Brasileiro de Surf 2010 acontece entre os dias 16 e 18 de julho na Barra do Jucu, Villa Velha (ES).


O Rio de Janeiro, terra do líder da categoria Iniciante Lucas Silveira, terá a estreia de Isabela Lima provavelmente na Júnior e Open Feminina. A informação foi ratificada por Abílio Fernandes, técnico e chefe da delegação.


Já o Ceará, quarto no ranking por equipes, vai ter a volta do campeão Arthur Silva, o que não aconteceu na etapa inaugural devido ao campeão cearense ter se acidentado durante treinos.


Outra seleção que pode sofrer alteração é a do Rio Grande do Norte. O técnico Jorge Henrique afirmou que a campeã brasileira de 2007 poderá contar com o reforço de Lisandro Leandro, confiante depois da vitória na categoria Júnior da primeira etapa do Circuito Estadual Capixaba.


Em casa, o Espírito Santo vai estar em ritmo de recuperação e talentos como Krystian Kymmerson, campeão brasileiro Open em 2009, não faltam.


Para obter mais informações sobre o evento, acesse o site da CBS.


Calendário do Billabong Brasileiro de Surf 2010


2º etapa dias 16, 17 e 18 de julho, Barra do Jucu, Villa Velha (ES)
3º etapa dias 13, 14 e 15 de agosto, Mar do Macaco, Intermares, Cabedelo (PB)
4º etapa dias 8, 9 e 10 de outubro, Navegantes (SC)

Ranking do Billabong Brasileiro de Surf 2010 depois de uma etapa

Open

1 Gutemberg Silva (CE)- 1.000 pontos
2 Victor Valentim (PR) - 900
3 Samuel Igo (PB) - 810
4 Leandro Silva (SC) - 729

Júnior

1 Filipe Toledo (SP) - 1.000
2 Matheus Navarro (SC) - 900
3 Cauê Wood (SC) - 810
4 Diego Micherref (SC) - 729

Mirim

1 Deivid Silva (SP) - 1.000
2 Italo Ferreira (RN) - 900
3 Filipe Toledo (SP) - 810
4 Michael Rodrigues (CE) - 729

Iniciantes

1 Lucas Silveira (RJ) - 1.000
2 Elivelton Santos (PB) - 900
3 Victor Bernardo (SP) - 810
4 Edgar Groggia (SP) - 729

Feminino Open

1 Estefany Freitas (CE) - 1.000
2 Kaena Brandi (SP) - 900
3 Gilvanilta Ferreira (RN) - 810
4 Janine Santos (BA) - 729

Feminino Júnior

1 Estefany Freitas (CE) - 1.000
2 Natalie Paola (SP) - 900
3 Jessica Bianca (PE) - 810
4 Paula Gabi (RN) - 729

Equipes

1 São Paulo - 206
2 Santa Catarina - 168
3 Paraíba - 158
4 Ceará - 136
5 Rio Grande do Norte - 118
6 Rio de Janeiro - 114
7 Bahia - 110

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Igor Morais prepara ofensiva


O SuperSurf Internacional recomeçou nesta quarta-feira (30/06) para fechar a segunda fase na praia de Maresias, São Sebastião (SP).


Em ondas de meio metro e boa formação, foram realizadas as oito baterias que faltavam para completar a rodada dos cabeças-de-chave.

O carioca Igor Morais registrou um novo recorde com a nota 9.17 recebida na sua estreia em Maresias. Já o paulista Marco Aurélio continua defendendo a liderança do ranking que vale um Peugeot zero km.

“Há ondas boas, mas o difícil é achar elas no momento certo. Vi algumas excelentes para fazer high score (nota alta) e é preciso manter a calma. Na real, deu tudo certinho nesta onda que foi a melhor do campeonato”, comemora Igor Morais, que descreve como foi a onda que valeu a maior nota do ano no SuperSurf Internacional.

“Foi uma direita da série, fiz a primeira manobra meio passando, aí armou uma parede limpa e consegui inverter no buraco. A terceira manobra também foi boa, soltando um pouco a rabeta, aí finalizei bem também. Enfim, deu tudo certo”, conta Morais.

O ubatubense Marco Aurélio entrou na bateria seguinte para defender a ponta do ranking especial do SuperSurf Internacional, que premia o melhor surfista das quatro etapas com uma carro da Peugeot.

Ele largou na frente com a vitória em casa sobre o potiguar Danilo Costa, que não veio disputar o segundo desafio do ano na praia de Maresias. Marco Aurélio passou um sufoco para superar o carioca Simão Romão na disputa vencida por outro paulista, Caio Faria, com ele avançando em segundo lugar.

“Bateria de alto nível, mas achei uma onda boa no começo, nota 6.67. No final somei um 4.83 e foi o que deu. Tive uma disputa acirrada com o Simão (Romão) e infelizmente precisei marcar ele. Não sou muito de fazer isso, gosto mais de competir na raça, mas desta vez tive que marcar”, conta Marco Aurélio, que busca aumentar a vantagem na briga pelo Peugeot. “Pois é, o Danilo (Costa) não está aqui, então vou dar o gás para tentar fazer outra final aqui e ganhar, para me distanciar ainda mais”, finaliza.

Outro destaque do segundo dia foi a estreia dos dois participantes da segunda etapa do SuperSurf Internacional mais bem colocados no ASP World Ranking. O paulista Wiggolly Dantas, em 21º lugar, ganhou o primeiro confronto da quarta-feira na praia de Maresias. Já o gaúcho Rodrigo Dornelles, 45º, acabou eliminado na última bateria do dia pelo baiano Denis Tihara e pelo paulista Alex Cunha.

“Têm umas ondinhas boas, mas está um pouco difícil o mar. Não está quebrando no mesmo pico, tem que ficar remando atrás das ondas e o mar não tem a mesma consistência de ontem (terça-feira)”, analisa Wiggolly Dantas, único dos inscritos que no momento faz parte do grupo dos dez que sobem para o ASP Tour.


“Gosto muito de Maresias, tem a maior vibe e me sinto em casa. Vim pra cá para aproveitar tudo isso e treinar também, entrar no rip para os próximos campeonatos que vêm por aí” afirma Dantas.

O evento sancionado pela ASP South America como etapa do ASP World Star é transmitido ao vivo pelo site do SuperSurf.


Baterias da terceira fase do SuperSurf Internacional 2010


1 Hizunomê Bettero (SP), Odirlei Coutinho (SP), Ricardo dos Santos (SC) e Felipe Teixeira (SC)
2 Martin Passeri (ARG), David do Carmo (SP), Robson Santos (SP) e Saulo Júnior (SP)
3 Jano Belo (PB), Caio Ibelli (SP), Bernardo Lopes (BA) e Krystian Kymmerson (ES)
4 Thiago de Sousa (CE), Emerson Piai (SP), Greg Cordeiro (SC) e Magno Pacheco (SP)
5 Wiggolly Dantas (SP), Diego Rosa (SC), Flávio Nakagima (SP) e Adriano Camargo (SP)
6 Messias Felix (CE), Victor Ribas (RJ), Jorge Spanner (RJ) e Caetano Vargas (PR)
7 Renato Galvão (SP), Igor Morais (RJ), Caio Faria (SP) e Alex Cunha (SP)
8 Wilson Nora (BA), Marco Aurélio (SP), Dunga Neto (CE) e Denis Tihara (BA)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Red Nose Tow In: Divulgada lista de convidados


A direção do Red Nose Tow In Championship International 2010 definiu as 20 duplas convidadas para enfrentar as bombas de Maresias, São Sebastião (SP).

A lista conta com nomes de peso como os havaianos Garret Mcnamara e Kealii Mamala, o sul-africano Grant "Twiggy" Baker e o chileno Ramon Navarro, além dos destaques brazucas, como Carlos Burle, Eraldo Gueiros, Paulo Moura, Wilson Nora, Danilo Couto, Rodrigo Resende, Bruno Santos, Sylvio Macusi, Alemão de Maresias, entre outros.

Também entre os convidados, a turma de Maresias promete dar trabalho, como no ano passado, quando Ivan Bertazzo protagonizou belos momentos e emplacou nota 10 unânime em sua bateria.

Vale lembrar que são necessárias ondas com no mínimo 3 metros para a realização do evento. A janela de espera começa no dia 15 de julho e vai até o dia 30 de novembro.

Desafio na remada Neste ano, o campeonato conta também com categoria Open, a Red Nose Paddle Challenge, que premia com R$ 5 mil o surfista que pegar a maior onda na remada, seja no surf convencional ou no stand up paddle.

O Red Nose Tow In Championship International 2010 é apresentado por Lupo. Patrocínio: Sea Doo, Casarini e Surf Trip. Apoio: Mega Group, Abrasmo, Prefeitura de São Sebastião, Gzero Tech, Santo Segurança, ASM, ASRM e ASSS. Divulgação: Fluir e Waves.

Lista oficial de convidados


1 Garret Mcnamara / Kealii Mamala (Haw)
2 Makua Rothman / Ikaika Kalama (Haw)
3 Grant "Twiggy" Baker (Afr) / Greg Long (EUA)
4 Coco Nogales (Mex) / James Sterlling (Haw)
5 Ramon Navarro / Christian Merello (Chi)
6 Rodrigo Resende / Danilo Couto (Bra)
7 Carlos Burle / Eraldo Gueiros (Bra)
8 Bruno Santos / Marcelo Trekinho (Bra)
9 Sylvio Mancusi / Haroldo Ambrósio (Bra)
10 Paulo Moura / Wilson Nora (Bra)
11 Jorge Pacelli / João Capilé (Bra)
12 Daniks Fischer / Lucinei Malas (Bra)
13 Luis Roberto Formiga / Denis Moreira (Bra)
14 Everaldo Pato / Yuri Soledade (Bra)
15 Rodrigo Koxa / Vitor Faria (Bra)
16 Alemão de Maresias / Flávio Caixa D'Água (Bra)
17 Luis Eduardo Guimarães / Eduardo Xepa (Bra)
18 Ivan Bertazzo / Davi Cebola (Bra)
19 André Nasta / Alexandre Lindenbojm “Xan” (Bra)
20 Sergio Pudi / Flavio Oliveira “Boca” (Bra)

domingo, 27 de junho de 2010

Sábado no Rickmani cearense de surf universitário

As disputas tiveram início às 10h com a categoria Open Estudantil, em seguida a categoria Iniciante e finalizando o dia a categoria Open Universitário deu um show de surf no comando do atleta Glauciano Rodrigues que mandou manobras aéreas para abrilhantar o dia.

O Rickmani Cearense de Surf Universitário 2010 tem o patrocínio da Rickmani, Tent Beach, Gerardo Bastos, Pirelli e apoio da Rádio Mix, Jornal Diário do Nordeste, Blocos Teccel, Complexo Crocobeach, Associação Cearense de Surf Universitário, Federação Universitária Cearense de Esportes e Federação Cearense de Surf. A realização é da Classic Promoções.

Na premiação do circuito serão oferecidas 04 (quatro) passagens aéreas para Fernando de Noronha aos campeões das categorias Open Masculino e Feminino, Iniciante, e Máster Degree. A premiação por etapa do Rickmani Cearense de Surf Universitário 2010 será a seguinte: Blocos Teccel, Troféus e Kits Rickmani.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

El Niño a todo vapor


Nesta semana, um potente swell atingiu o litoral capixaba. Ondas de até 3 metros de face rolaram com qualidade e a galera local fez a mala.


O Espírito Santo tem recebido várias ondulações neste outono. As frente frias que chegam ao estado estão aparentemente mais rigorosas. Na última, os termômetros marcaram sete graus.


A temperatura baixa, que persistiu por mais de dez dias na região serrana, anuncia a chegada de um inverno como há muito não se vê por aqui.


A temperatura da água do mar também merece destaque. Por vários dias as correntes chegaram mornas, como nas praias do Nordeste brasileiro.


Geralmente isso ocorre de São Matheus para cima, município próximo da divisa com a Bahia. Especialistas destacam que o fenômeno El Niño é o responsável pelos eventos incomuns.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Etapa confirmada em Supertubos


A Rip Curl anunciou oficialmente que a oitava etapa do ASP World Tour, já programada anteriormente para acontecer em Portugal, acontecerá mais uma vez no pico de Supertubos, em Peniche. A prova rola entre os dias 7 e 18 de outubro.


"Estamos muito felizes em poder realizar este evento novamente em 2010. Queremos que este seja o palco da competição todos os anos. É um grande incentivo o quanto os surfistas, mídia e público apreciam quando os melhores atletas do mundo vêm surfar as ondas de Portugal. Ao longo da costa, temos alguns picos realmente excelentes e ondas inacreditáveis", conta Francisco Spinola, gerente de marketing da Rip Curl Portugal e coordenador do projeto.

"Estamos motivados como nunca para sediar mais uma etapa do tour em Peniche, especialmente por ser em Supertubos, que é certamente um dos melhores beach breaks do mundo", complementa Spinola.


Supertubos é uma onda poderosa, alimentada por longos e profundos swells vindos do Oceano Atlântico. Nos melhores dias pode chegar facilmente aos 5 metros. Alguns surfistas chamam a onda de "European Pipe", devido à semelhança com a famosa bancada de Banzai Pipeline, no North Shore havaiano.


Durante o Rip Curl Pro Search 2009, que rolou no último mês de outubro, as condições ofereciam perigo, mas garantiram sessões épicas. Infelizmente alguns dos profissionais que competiam acabaram machucados, como foi o caso do jovem australiano Owen Wright, eliminado na semifinal com uma perfuração no tímpano.


A prova foi vencida pelo australiano Mick Fanning, que na ocasião conquistava sua terceira vitória de 2009 e posteriormente faturou o segundo título mundial no mesmo ano.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Galápagos: A recompensa do swell


Depois de quase uma semana de poucas ondas em San Cristobal, Galápagos, já estávamos desesperados sem saber o que fazer naquele pequeno vilarejo que são as ilhas.


Nos primeiros sete dias de viagem pegamos somente algumas horas de surf, que geralmente aconteciam na maré cheia, depois tínhamos que ser criativos para passar o tempo. Alternávamos entre bicicleta, checar a previsão, kayak, corrida, checar a previsão, ler e checar a previsão...


Umas vinte vezes por dia olhávamos a previsão para ter certeza que o swell de Noroeste previsto para os próximos dias ainda estava lá a caminho.


Na segunda-feira, as previsões começaram a mostrar um swell de com cerca de 2 metros para quinta-feira cedo. Sendo assim, aproveitamos a terça-feira para conhecer o interior da ilha, ótimo passeio. Na quarta-feira planejávamos conhecer a ilha de Santa Cruz, porém a terça foi tão cansativa que por algum motivo nós não levantamos para ir comprar o tal do ticket para a outra ilha na quarta cedo, sorte nossa!


Por volta das nove horas levantamos para tomar café e não acreditamos quando saimos do quarto. Nosso hotel ficava na parte alta da cidade e nos outros dias, não era possível ver o mar direito de lá, por causa da distância.


Porém, nesse dia, vimos uma série quebrando perfeita e grande. Não acreditei! Peguei o binóculo e era verdade, havia onda! Engolimos o café da manhã correndo e em 20 minutos lá estávamos nós, correndo contra o relógio, colocando a roupa de borracha e estudando o melhor jeito de entrar em El Canon.


Lá não existe praia, somente um parcel de pedras, onde você precisa descer e ficar esperando uma calmaria. Por duas vezes achei que era uma boa hora para entrar e acabei dando uma rolada nas pedras, faz parte!


Alguns minutos negociando com as ondas e leash e lá estava eu remando depressa para o fundo. Maré enchendo, séries constantes, terral, ondas de até 2 metros na série e, prestem atenção, ninguém na água! Estava tudo muito perfeito, não é?


Você quer um defeito? A água estava muito, muito gelada, mas depois de uma semana esperando por essas ondas, isso virou só um detalhe imperceptível. Meu amigo Felipe logo chegou ao outside para também aproveitar esse momento.


Uma vez no outside você precisa ficar esperto com a corrente que fica o tempo todo te puxando para o Sul, sentido de Loberia. Várias vezes, nos outros dias, vi algumas pessoas desatentas ficarem muito para a esquerda e serem pegos pela série. Outro fator que pode ser usado como referência é uma laje que fica a uns 300 metros para dentro do mar, as séries sempre quebram lá primeiro e servem como uma indicação que as ondas estão vindo.


O surf foi ótimo, pegamos muitas ondas nesse dia. Depois de umas duas horas chegaram mais duas pessoas, um amigo americano, professor da faculdade de Galápagos e um turista, surfista italiano. Tinha onda para todo mundo e ainda tinha a facilidade do canal para voltar ao outside. Mesmo cansado eu não tinha coragem de sair da água, ainda mais depois de tanto tempo esperando pelas ondas.


O swell rolou até o sábado, dia em que íamos embora e com certeza ele mais do que compensou a primeira semana de poucas ondas. Os próprios locais disseram que fomos sortudos por termos pego aquelas ondas sem ninguém na água. Aliás, eles gostam de surfar, mas parecem que não gostam de acordar cedo, chegavam para surfar sempre perto da hora do almoço. Melhor para nós!


Sem duvidas a trip para Galápagos valeu a pena, o lugar além de ter um clima super tranquilo proporciona um surf de qualidade, paisagens super exóticas e uma boa dose de cultura!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ação busca equilíbrio ambiental


O Rip Curl Planet Day, evento que conta com ações voltadas à proteção e à consciência ecológica, acontece nesta segunda-feira (21/06) na sede da empresa, localizada no Guarujá (SP).


Todos os funcionários e parceiros da marca participam da ação, que terá atividades como o recolhimento de detritos e micro-lixo na praia da Enseada, Guarujá.

O evento será realizado simultaneamente em todas as sedes da marca pelo mundo (Brasil, Austrália, Estados Unidos, Europa e Indonésia), além das licenciadas, ressaltando o trabalho em prol do meio ambiente mais equilibrado.


“É uma ação global com diversos tipos de atividades relacionadas à limpeza das praias e oceanos, da melhoria do ecossistema, como o plantio de mudas de árvores nativas”, comenta Felipe Silveira, presidente da Rip Curl Brasil.

“O Rip Curl Planet engloba, também, processos ecologicamente corretos na fabricação de produtos da
marca. Um exemplo é o projeto 'Resurrection', com a reciclagem de wetsuits (roupas de borracha) antigos para a produção de sandálias com tiras de neoprene”, destaca Silveira.

Outra iniciativa é a linha de produtos Eco Friendly, produzidos a partir de fibras de algodão orgânico e / ou reciclagem de garrafas pet. “Os eventos do WT realizados pela Rip Curl também entraram na onda do Rip Curl Planet e são conduzidos de forma ecologicamente correta, por meio da neutralização da emissão de CO2 e da utilização de energias limpas, como a solar”, enfatiza Felipe Silveira.

O Rip Curl Planet Day terá início às 15 horas, com a apresentação do presidente da marca no Brasil, Felipe Silveira, sobre o conceito do evento e sua abrangência dentro do Grupo Rip Curl. Na sequência, a apresentação dos produtos Eco Friendly da Rip Curl Brasil, pelos designers da marca Jun Hashimoto e Saskia Weyel.


O secretário municipal de meio ambiente de Guarujá, Élio Lopes dos Santos fará palestra sobre sobre a qualidade da água nas praias da região da baixada santista e como a prefeitura e cada um podem contribuir para melhorar a qualidade dos nosso mares e oceanos. O encerramento contará com a atividade prática na praia.


“Será um momento para todos refletirem como podemos contribuir para um meio ambiente mais equilibrado”, finaliza Felipe Silveira.


Sobre a Rip Curl O que começou em 1969 como uma visão, ou busca, de dois surfistas, cresceu como uma identidade única, um estilo de vida e uma filosofia que se espalhou e vem sendo adotada por surfistas e praticantes de boardsports no mundo todo. Rip Curl continua sendo uma empresa privada, que cresceu para ser umas das líderes no mercado surfwear global.


Hoje, desenvolve, produz e distribui uma enorme variedade de produtos inovadores incluindo confecção, roupas de borracha, boardshorts, relógios, montainwear, calçados, óculos de sol, acessórios e equipamentos para diversos esportes de prancha em mais de 60 países ao redor do mundo.


A Rip Curl orgulha-se de si mesma em suportar os melhores atletas, incluindo os atuais campeões mundiais da ASP, Mick Fanning e Stephanie Gilmore, além do brasileiro campeão mundial júnior, Gabriel Medina, que fizeram do esporte que amam seu estilo de vida.


Para obter mais informações sobre a marca, acesse o site da Rip Curl. A sede da empresa no Brasil fica localizada à Av. Miguel Stefano, 4544, praia da Enseada, Guarujá (SP).

domingo, 20 de junho de 2010

Brasileirão retorna com força


Depois da passagem do Circuito Mundial de Bodyboard por Búzios, o estado do Rio de Janeiro volta a ser o foco das atenções.


Durante os dias 23 e 25 de julho a cidade de Campos, litoral fluminense, é palco para os melhores atletas brasileiros abrirem as disputas do Circuito Nacional.


No total, serão distribuídos R$ 25 mil em prêmios. Além disso, o evento distribui 1000 pontos no ranking brasileiro.


É uma etapa muito importante, pois marca o retorno do nacional com força. A primeira etapa conta com as categorias Profissional Masculino e Feminino, Amador Masculino e Feminino e Júnior Masculino (sub-16).


“Depois de quatro anos, conseguimos viabilizar a volta da cidade de Campos para o Circuito Brasileiro. Além disso, a etapa terá uma premiação recorde na história das etapas nacionais. Estamos trabalhando para mais duas etapas no segundo semestre que iremos confirmar em breve”, ressalta Flávio Brito, tour manager da IBA Brasil.


Da última vez que o evento foi disputado em Campos, a catarinense Soraia Rocha e o potiguar Marcus Lima foram os vencedores da etapa, ocorrida em 2006.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Profissão bodyboarder


Presença certa nas ondas de Pipeline durante a temporada havaiana e com um título mundial na biografia, conquistado em 2001, o bodyboarder Paulo Barcellos é destaque há muitos anos na cena competitiva deste esporte.

Além de mais de 10 temporadas havaianas na bagagem, ele também acumula milhagens e muitas temporadas pelo Tahiti, Indonésia, Austrália e Chile, entre muitos outros lugares de tubos e ondas perfeitas.

Barcellos estreia sua coluna, chega como reforço de peso à seção de bodyboard para compartilhar com os internautas as vivências de que faz do esporte o seu ganha-pão. Seja bem-vindo à família Waves!


Bom galera, espero dividir com vocês um pouco da minha experiência pelo mundo, as novidades do Circuito Mundial e um pouco de tudo aprendi neste maravilhoso esporte que escolhi como profissão, um esporte que todos nós somos fissurados.

Quero que esta coluna não seja só minha, seja na real um meio de comunicação do bodyboard com todo o mundo cibernético. Estou contando com a ajuda de vocês e sou totalmente aberto a críticas e sugestões. Se rolar, um elogio também seria maneiro!


Sou um dos mais fissurados em pegar onda. Para mim não importa o tamanho do mar - tenho que pegar pelo menos uma onda por dia. Teve amigo meu que já me viu surfando em São Conrado (RJ) com vento de Sudoeste e menos de meio metro, sendo que eu tinha acabado de chegar de uma das melhoras temporadas havaianas.


O bodyboard é um esporte que me completa. Dele eu tiro meu sustento e graças a Deus consegui transformá-lo em profissão. Uma das coisas que me deixa mais feliz é quando vem aquela bomba que é impossível qualquer surfista conseguir dropar e a gente faz aquele drop de cabeça pra baixo e pega um tubão! Isso me deixa adrenalizado e super feliz com esse esporte maravilhoso.
Na minha primeira coluna não tem como não começar com o lugar que mais admiro: o Hawaii.


Para vocês terem um ideia, já tive que terminar três namoros porque passei tanto tempo fora que ninguém aguenta namorar um marinheiro sem porto! O Hawaii é muito especial para mim. Água quente, altas ondas e, detalhe, sem ter que dirigir muito. Outro ponto bom: depois que a mulherada descobriu que estava com excesso de homem solteiro já viu, né! Virou Ipanema!


O que me deixa mais amarradão quando vou para a temporada é que já é começo do verão no Rio, o mar quase sempre é marola e a água muito gelada, sem falar no calor que pode fritar ovo no asfalto.


A rotina do Hawaii é muito boa. Acordar ainda no escuro e pegar onda o dia todo sem depender muito da variação de maré. O mar amanhece bom e vai melhorando cada vez mais, essa coisa de não depender da variação de maré e especial porque pode se pegar onda em Pipeline o dia todo.


O que mais me chama a atenção aqui é que você consegue pegar altas ondas e treinar do lado dos melhores atletas do mundo e não deixa sua vida parada como se estivesse em uma ilha isolada sem comunicação pelo mundo.


A facilidade de estar no Estados Unidos é muito boa, com os melhores hospitais e a facilidade das coisas do primeiro mundo. Internet liberada nas areias de Pipe é um privilegio para poucos. Sem falar que não tem muita noite por aqui, então o que rola mesmo são os churrascos nas casas das pessoas e todo mundo se agiliza sem precisar dormir muito tarde.


Outro fato muito positivo aqui é a proximidade das praias. No North Shore são 7 milhas que juntam todos os gostos de onda, ou seja, o melhor lugar para treinar. As bancadas são tão perto uma das outras que você consegue surfar uma onda e ver a outro do lado.


Eu moro em Pipeline, que na minha opinião é a melhor onda do mundo, principalmente porque tem um dos tubos mais poderosos do planeta e quebra a 100 metros da praia!


Tem muita gente que acha que só existe onda enorme no Hawaii. Quem dera fosse assim, todos os dias no mínimo 3 metros, mas na real como o swell entra muito forte no Hawaii ele também passa muito rápido e existem excelentes dias pequenos.


Por isso sempre falo que tem que passar o máximo de tempo possível no Hawaii treinando, porque você vai lapidar cada vez mais seu surf em todas as condições de mar.


Agora já estou em terras brasileiras. Fiquem atentos que vem muita coisa boa pela frente!


Um grande abraço e boas ondas a todos!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Surf em outra dimensão


Com 30 anos de carreira e no surf desde 1983, o fotógrafo capixaba Dener Vianez Maia apresenta novo trabalho em 3D e desenvolve cenários surreais que ultrapassam os limites da realidade do esporte.

Ele já trabalhou como colaborador em revistas de circulação nacional e teve fotos publicadas em anúncios de diversas marcas. Em 2005, lançou o projeto Território, documentário que exibe as melhores ondas do litoral brasileiro.


Depois que comecei a trabalhar com edição de vídeo, pude perceber a infinidade de ferramentas que o mercado oferece para que os trabalhos fiquem mais interessantes.


E foi numa destas infinidades de ferramentas que pude conhecer a animação em 3D e encontrei alguns softwares que ao trabalharem em conjunto podiam oferecer algo bem próximo da realidade.


Então comecei a criar cenas em 3D mais voltadas para ambientes naturais, ricos em detalhes. A ferramenta permite a criação de qualquer tipo de ambiente, casa, natureza e animação mais próxima ao realismo.


Disponibilizo aqui algumas cenas que podem ser usadas como estampas exclusivas de camiseta.

Fonte: WAVES

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Muita onda, destruição e pouca tainha


Felicidade para uns e preocupação para outros. Seria bem melhor que o ambiente estivesse equilibrado. Nas últimas semanas muitos swells entraram na costa catarinense e, em algumas praias de Floripa, a força do mar derrubou e vem derrubando casas na faixa litorânea.


Barra da Lagoa, Campeche e Armação são as mais atingidas. Na ilha, por onde tenho surfado, as ondas bombaram quase sem parar e as séries na Joaquina chegaram até 3 metros. Checando direto a previsão no “Uêivis”, estão sempre “manchinhas coloridas” e, no amanhecer da última segunda-feira ao descer a ladeira da Joaquina, o visual estava magnífico.


Linhas e mais linhas no horizonte marchavam sem parar. Pilhado pelo “surfe reporte” do Guga Arruda na Rádio Atlantida Fm às sete da manhã, que relatava condições perfeitas, porém grandes e com dificuldades para varar a arrebentação, fui me certificar com o local Fabrício Machado se dava pra pular do costão. A resposta foi: ”tá difícil,mas com sorte, dá”…


Botei o long rapidinho, pois a friaca tá ficando rigorosa no Sul e, depois de alongamentos, me juntei a uma galera que já esperava o momento certo de entrar há quase meia hora. Um deles era o goofy footer Ícaro Ronchi, que já impaciente reclamava: ”pô Fabinho, já faz um tempão que estou aqui esperando e as séries não param". De fato eram muitas linhas e, mesmo quando menores, vinham seguidamente sem trégua.


Esperei cerca de 20 minutos e já estava passando mal de calor, pois o long 3x2 mm debaixo do sol que esquentava tava me dando era moleza. Em um momento depois de uma série grande decidi me jogar, porém um outro surfista que estava mais ao alto do costão alertou que mais ondas viriam.


Acabei abortando o “jump” e quando subi novamente vi que aquela tinha sido a hora. Tarde demais, pois depois não deu mais tempo de descer para as pedras novamente e as séries não pararam mais. A impaciência bateu depois de meia hora esperando e disse pra galera: "vamos nessa, pois não vai parar e pelo menos se não vararmos aqui no costão, varamos lá no meio".


Esperei por um momento que achei propício, mas pura ilusão, quando pulei junto com mais quatro caras fomos todos bater no meio da praia. Lá também não foi possível varar e a alternativa foi retornar ao costão para uma nova investida.


A essas alturas, umas cinco duplas de tow in faziam a mala no meio da praia. Eram tubos e mais tubos em pé. Nessa hora foi que vi que falta fazia um jet pra momentos como esses. De repente um dia compro um... (risos)


Voltando ao costão, mais meia hora esperando e chega Guga Arruda. “E aí raça, tá difícil? O coral foi: "tááá...". Esperamos que uma série grande passasse e decidimos pular um a um. Guga e Ícaro foram na frente e eu fui um segundo atrás. Os caras passaram e quando faltava uma espuminha pra que eu conseguisse, essa me pegou e não teve jeito, não consegui varar e fui bater no meio da praia novamente.


Uma hora e meia na função de tentar surfar e não conseguir, já tava desistindo. Foi nessa que ao caminhar para ir pra casa, chegaram a dupla Formiga e Dudú Shultz. Só assim consegui uma carona para entrar e mesmo de jet deu certo trabalho, pelo menos na hora em que fui rebocado ao fundo.


Em minha primeira onda o terral forte bateu, dropei atrasado e sem enxergar nada, foi só no susto. A onda era grande e mesmo indo reto já tinha valido a pena. O problema foi que parei na zona de impacto e quem disse que dava pra voltar?


Fui caminhando pela areia e por sorte peguei carona com outra dupla (obrigado mais uma vez). Ao chegar novamente no outside, vi duas esquerdas grandes e drops bonitos do Guga Arruda e Fabrício Machado, ambos indo até o topo com belas rasgadas.


Ao meu lado e mais para o inside estava Guilherme Ferreira, que a toda hora esperava achar a onda certa para tentar pegar um tubo. O visual de dentro d’água era lindo, com umas paredes longas e sem crowd algum. Fui com uma 6’6" com bastante flutuação e remei com tudo para pegar minha saídeira, pois essa parecia que ia rodar e não queria perdê-la, nem dropar atrasado.


Desci esperando que a parede armasse e quando cheguei à base, formou uma bela placa. Passei por dentro e fui ficando muito deep, porém na hora em que estava saindo meu pé da frente deu uma escorregada e acabei me desequilibrando.


Saí da session com apenas essas duas ondas surfadas, pois tinha que pegar minha filha na escola, mas mesmo assim valeu a pena e agradeço aos amigos que me rebocaram, pois caso contrário seria uma manhã inteira de remada. O visual do line up enquanto caminhava para o estacionamento era magnífico. Mais uma vez as duplas de tow in dando show.

O mês contu com importantes competições na cidade. Teve final clássica do Brasileiro Pro Junior na praia do Riozinho, onde o paulista Caio Ibeli venceu o baiano Marcos Fernandez. Molecada dando show nas ondas, bonito de ver. Pedra Dornelles também mandou muito bem no WQS da praia Mole, pena que na final o “jaburú” Aritz tava conectado.


Em época de tainha e praias fechadas, poucos peixes nas praias ao Leste da ilha. Logo, pescadores meio estressados e segue aquela velha encrenca. Surfistas fissurados na melhor época do ano. Alguns conflitos isolados, mas nada de grave, pois quando passa de 1 metro a turma das embarcações a remo acaba liberando pro pessoal, mas pra felicidade de todos, oremos pra que os peixes apareçam, pois aí tudo fica mais tranquilo dentro dessa cultura nativa da ilha e aí é felicidade pra todos.

terça-feira, 15 de junho de 2010

A diferença está nos pés


Décadas antes de Bob Burnquist se notabilizar pelo switch stance no skate, um amigo, o Varella, já trocava de base nas ondas curtas do Leblon. Surfava direitas e esquerdas de frontside. Aquilo me intrigava – como um bom canhoto, sempre fui meio pateta em tudo o que tivesse que usar a perna direita. Certo dia, eu o vi surfando de costas para a onda:

- Esse negócio de base trocada não dá certo. Eu vou acabar não surfando bem de jeito algum.

O curioso é que, em esportes de prancha como o skate, o kitesurfe e o snowboard, o switch stance foi completamente incorporado. Diria que mais que isso: tornou-se obrigatório para performances além do nível intermediário.

Na história recente do surfe, muitos craques já inverteram seus pés na prancha: Buttons Kaluhiokalani, Larry Bertlemann e uma pá de outros cabras correram belas ondas de switch stance. Mas nenhum deles conseguiu transformar a técnica num movimento típico do esporte.

Mais recentemente, o freak Jamie O´Brien andou dando demonstrações de como entrar num túnel montado numa base e sair em outra. Manobra de circo, mas também não incorporada pelos acrobatas do WT. Ainda.

A sensação é a de que, no velho esporte polinésio, regulars e goofies não falam a mesma língua. Os dois mundos parecem não entender o surfe da mesma maneira. Tudo é diferente: manobras, arcos, linha executada na onda, posicionamento na prancha.

Dois ou três anos atrás, o amigo e excelente jornalista de surfe Alex Guaraná levantou a importante bola das diferenças entre os dois posicionamentos. Lembrou que regulars sempre dominaram o circuito mundial – desde o início da ASP, em 1976, em apenas oito temporadas os goofies levantaram o caneco. E não fosse a estupidez de Osama Bin Laden, o número de títulos provavelmente cairia para sete: CJ Hobgood ganhou em 2001 sem vencer sequer uma etapa, depois de o circuito ser interrompido pelo atentado de 11 de setembro.

Em tubos de costas para a onda, os regulars têm um domínio incontestável. Pelo menos uma dúzia de surfistas – incluindo aí o próprio Adriano de Souza – já adianta e atrasa à vontade de backside dentro de canudos para a esquerda, muitas vezes sem a mão na borda.

Goofies, claro, também brilham em direitas tubulares. Mas mesmo os grandes especialistas sofrem para tirar tubos mais profundos e sair pela porta. A prancha parece ficar mais travada, o balanço que produz a aceleração na prancha aparenta ser reduzido. Guaraná aventou outra hipótese: a de as direitas quebrarem numa angulação diferente, que favoreceria a posição do regular. Sabemos que só a ciência pode comprovar essas suposições.

O curioso é que a vantagem muda de lado quando o assunto são manobras de backside. Longe dos tubos, goofies parecem executar uma linha mais apropriada de costas para a onda. As batidas são mais bonitas, os arcos mais redondos e o surfe mais natural que o backside do regular. Bobby Martinez é a prova contemporânea desse talento. No passado, há outros indícios: o goofie Damien Hardman foi duas vezes campeão mundial com um frontside medíocre, mas as pauladas de backside o redimiram.

Talvez o switch stance um dia seja definitivamente incorporado ao surfe e, em Teahupoo, só ganhe dez o surfista que sumir com um pé na frente e reaparecer com outro, na baforada. Mas, até lá, declaro meu apoio à saudável e visível diferença entre goofies e regulars. Melhor que um mundo de surfistas iguais.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Jadson é o cara


O potiguar Jadson André é o campeão do Billabong Pro Santa Catarina, etapa do World Tour finalizada nesta quinta-feira, em ondas de meio a 1 metro e formação regular na praia da Vila, Imbituba (SC).


Na decisão, Jadson totalizou 14.40 pontos para vencer o nove vezes campeão mundial Kelly Slater.


É a primeira vitória de Jadson no circuito e a primeira vez que um
Kelly Slater perde decisão, mas assume liderança do ranking mundial. Foto: Aleko Stergiou.
estreante brasileiro vence uma etapa logo em seu primeiro ano na elite.


Jadson quebra ainda um jejum de 12 anos sem vitórias brasileiras na etapa verde-amarela do Tour.


A última havia sido em 1998, com Peterson Rosa, na Barra da Tijuca (RJ).


Para levar o título, Jadson começou a final triturando uma esquerda com uma batida, um aéreo rodando sensacional, uma rasgada e um aéreo chutando a rabeta.


Depois de somar 8.00 pontos nessa onda, o potiguar revelado em Ponta Negra detonou uma direita com fortes batidas de backside que renderam 6.40.


Kelly bem que tentou e até chegou perto da virada. O norte-americano arrepiou uma esquerda na Vila com batidas invertendo a direção da prancha e descolou 7.50 na última tentativa, mas precisava de 7.91.


Com a vitória, o potiguar embolsa US$ 50 mil e agora divide a quarta posição no Tour com o australiano Mick Fanning.


Já o vice-campeão Kelly Slater descola US$ 25 mil e assume a ponta no ranking da divisão de elite do surf mundial.


Nas semifinais, Slater derrotou o australiano Owen Wright numa bateria sem muitas emoções, enquanto Jadson levou a plateia ao delírio com mais uma virada emocionante.


Depois de vencer o taitiano Michel Bourez na última onda nas quartas, Jadson partiu pra cima do californiano Dane Reynolds e travou um duelo de gigantes na Vila.


Com aéreos insanos e batidas no crítico das esquerdas, Jadson abriu a bateria com três notas expressivas (7.17, 8.50 e 7.57).


Dane esperou bastante pelas ondas e começou a reagir na segunda metade da bateria. Com fortes batidas e rabetadas de backside, Reynolds diminuiu a diferença com 8.77 e chegou a tomar a liderança na última onda com 7.90.


Porém, Jadson veio com tudo na onda de trás, espancada pelo potiguar com um tail slide, uma forte batida e um aéreo rodando sensacional que rendeu 9.00 pontos ao brasileiro.


A elite do circuito mundial dá uma pausa e volta a entrar em cena entre os dias 15 e 25 de julho, nas direitas de Jeffrey's Bay, África do Sul.


Resultado do Billabong Pro 2010

1 Jadson André (Bra)

2 Kelly Slater (EUA)

3 Dane Reynolds (EUA)

3 Owen Wright (Aus)

5 Michel Bourez (Tah)

5 Taylor Knox (EUA)

5 C.J. Hobgood (EUA)

5 Jordy Smith (Afr)

9 Adriano de Souza (Bra)

9 Luke Munro (Aus)

9 Joel Parkinson ((Aus)

9 Travis Logie (Afr)

9 Mick Fanning (Aus)

9 Jeremy Flores (Fra)

9 Chris Davidson (Aus)

9 Roy Powers (Haw)

17 Neco Padaratz (Bra)

33 Messias Félix (Bra)

33 Ricardo dos Santos (Bra)

33 Tanio Barreto (Bra)

33 Marco Polo (Bra)



Ranking do World Tour depois de 3 etapas


1 Kelly Slater (EUA) – 21.750 pontos
2 Jordy Smith (Afr) – 18.500
3 Taj Burrow (Aus) – 18.250
4 Mick Fanning (Aus) – 15.500
4 Jadson André (Bra) – 15.500
6 Bobby Martinez (EUA) – 14.750
6 Dane Reynolds (EUA) – 14.750
8 Joel Parkinson (Aus) – 14.250
8 Adriano de Souza (Bra) – 14.250
10 Bede Durbidge (Aus) – 12.250
11 Owen Wright (Aus) – 10.000
12 Michel Bourez (Tah) – 9.500
13 Fredrick Patacchia (Haw) – 9.250
13 Chris Davidson (Aus) – 9.250
13 Adrian Buchan (Aus) – 9.250
16 Taylor Knox (EUA) – 8.750
31 Neco Padaratz (Bra) – 4.000
41 Marco Polo (Bra) – 1.500

Caio Ibelli campeão brasileiro Sub-20 no Oakley Pro Junior 2010


O paulista Caio Ibelli, 17 anos, é o primeiro campeão brasileiro profissional da temporada 2010. Ele faturou o título Sub-20 na final do Oakley Pro Junior com o baiano Marco Fernandez nas ondas do Riozinho na Praia do Campeche, que recebeu o último dia da competição iniciada terça-feira na Praia da Joaquina. Com um aéreo muito alto logo na primeira onda que surfou na bateria decisiva, Caio Ibelli já largou com uma nota 8,33 e depois somou um 7,00 para confirmar a vitória por 15,33 x 12,17 pontos. O campeão também já garantiu a primeira classificação para a Divisão Principal do Circuito Brasileiro Profissional do ano que vem. O capixaba Krystian Kymmerson e o pernambucano Ian Gouveia ficaram em terceiro lugar nas semifinais.

“Estou muito feliz só de estar competindo neste lugar maravilhoso, com altas ondas. Arrisquei tudo na minha primeira onda, pois sabia que o Marco (Fernandez) vinha surfando muito bem o evento todo, então eu tinha que começar bem para deixar a pressão da virada pra ele”, contou Caio Ibelli, sobre o aéreo nota 8,33 da sua primeira participação na grande final do Oakley Pro Junior 2010. “Eu vim para cá focado neste título e também estou amarradão por já garantir vaga na elite do surfe brasileiro, pois estava atrás disso na Divisão de Acesso e agora posso ficar mais tranqüilo por já ter confirmado meu nome no Brasil Surf Pro de 2011”.

Depois de uma semana de mar difícil na Praia da Joaquina, o Oakley Pro Junior foi encerrado com chave-de-ouro no cenário paradisíaco do Riozinho do Campeche, onde direitas perfeitas entravam sem parar para o delírio dos oito finalistas. O baiano Marco Fernandez começou bem contra o catarinense Santiago Muniz no primeiro duelo das quartas de final, vencendo a bateria com o maior placar do dia, 16,33 pontos. Depois passou pelo capixaba Krystian Kymmerson, mas não conseguiu achar boas ondas na grande final.

“Eu queria o título, mas o segundo lugar também foi bom. Fiz minha primeira final no ano, pena que não achei as ondas na bateria que eu mais precisava delas, mas tudo bem. O Caio (Ibelli) abriu a bateria com tudo, com um 8,33, aí eu fiquei um pouco inseguro, errando as manobras. No final ainda fiz umas notinhas, mas não foi nada demais e a vitória do Caio foi merecida mesmo, quebrou na final”, admitiu Fernandez, que levou 4.000 Reais pelo vice-campeonato no Oakley Pro Junior 2010.

Os dois finalistas também ganharam um prêmio extra da Oakley, uma viagem com tudo pago para fazer uma matéria para a Revista Fluir e para o site Waves.Terra em algum país da América Central. Já os semifinalistas Krystian Kymmerson e Ian Gouveia receberam 2.300 Reais pelo terceiro lugar. Para chegar ao título, que valeu 9.000 Reais, Caio passou por dois surfistas que moram na Praia do Campeche e sempre treinam no Riozinho. E foram dois filhos de surfistas famosos. A primeira vítima foi Pedro Husadel, filho de David Husadel. A outra foi Ian Gouveia, filho de Fábio Gouveia, que há muitos anos mora em Florianópolis.

“É a primeira vez que eu participo do Oakley Pro Junior e estou amarradão pelo terceiro lugar. Eu sempre treino aqui, fiquei feliz que o evento mudou pra cá, conheço bastante essa onda e pena que eu não consegui achar as boas pra passar pra final”, lamentou Ian Gouveia. “Mas foi show o resultado também, o terceiro lugar é bom, até porque foi a primeira vez que eu disputei esse campeonato e terei mais pela frente”.

O capixaba Krystian Kymmerson foi outro surfista que se destacou durante todo o Oakley Pro Junior, inclusive despachando o cabeça de chave número 2 do evento, o paulista Jessé Mendes, em sua primeira atuação no Riozinho do Campeche. “O Marquinho (Marco Fernandez) pegou todas as ondas boas da bateria e eu não consegui repetir as boas apresentações que vinha fazendo no campeonato. Mesmo assim, estou amarradão por ter feito um bonito papel no campeonato e o terceiro lugar foi bom também”, falou Krystian.

Depois do segundo ano seguido de sucesso do Oakley Pro Junior em Santa Catarina, Luis Henrique Sabóia, o Pinga como é mais conhecido o diretor de marketing da Oakley, já confirmou que no que vem o evento continuará no estado. No ano passado, ele aconteceu no reservado pico do Atalaia em Itajaí, agora foi iniciado na Praia da Joaquina e encerrado com chave-de-ouro no Riozinho da Praia do Campeche.

“Queremos agradecer a todos que colaboraram para o sucesso do evento, o pessoal da Federação Catarinense de Surf e das associações da Joaquina e aqui do Campeche, o apoio também da Prefeitura de Florianópolis e já confirmo que em 2011 o evento vai continuar aqui no estado, só estudaremos em que praia ele será realizado no ano que vem”, anunciou Pinga, durante a cerimônia de premiação no pódio.

Com patrocínio exclusivo da Oakley, o Oakley Pro Junior contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Florianópolis, Fundação Municipal de Esportes, da Power Balance, Gráfica Formag´s, Joaquina Beach Hotel e Restaurante Maurílio II. O evento foi homologado pela Confederação Brasileira de Surf (CBS) e pela Associação Brasileira de Surf Profissional (ABRASP), que organizou a competição junto com a Federação Catarinense de Surf (FECASURF) e Associação de Surf da Joaquina (ASJ). O Oakley Pro Junior contou com divulgação da Revista Fluir, Waves e Atlântida FM e apoiou o movimento www.salvealagoa.org.br.

FINAL DO OAKLEY PRO JUNIOR – 15.33 x 12,17 pontos:
Campeão: Caio Ibelli (SP) – R$ 9.000,00 e 1.000 pontos
Vice-campeão: Marco Fernandez (BA) – R$ 4.000,00 e 860 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar – R$ 2.300,00 e 730 pontos:
1.a: Marco Fernandez (BA) 12.17 x 7.94 Krystian Kymmerson (ES)
2.a: Caio Ibelli (SP) 16.16 x 12.17 Ian Gouveia (PE)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar – R$ 1.500,00 e 610 pontos:
1.a: Marco Fernandez (BA) 16.33 x 9.86 Santiago Muniz (SC)
2.a: Krystian Kymmerson (ES) 15.70 x 12.90 Jessé Mendes (SP)
3.a: Ian Gouveia (PE) 12.67 x 11.07 Marthen Pagliarini (SC)
4.a: Caio Ibelli (SP) 12.53 x 9.77 Pedro Husadel (SC)

sábado, 12 de junho de 2010

Wagner Pupo manda brasa


O vencedor da abertura do Maresia Paulista Surf Pro 2010, que teve início na última sexta-feira (11/06) na praia das Pitangueiras, Guarujá (SP), será conhecido no início da tarde deste domingo (13).


Segundo a Federação Paulista de Surf (FPS), a bateria decisiva está programada para acontecer por volta das 13 horas.

Neste sábado (12), com ondas de 1,5 a 2 metros e formação regular, foi realizada a segunda fase, na qual entraram na água os cabeças-de-chave (tops 16 no ranking de 2009). O atual campeão profissional de São Paulo, Ricardo Ferreira, foi eliminado surpreendentemente logo na estreia.

O surfista da Praia Grande, que alcançou a quarta colocação na etapa do Guarujá da edição do ano passado do Paulista Pro, teve dificuldades em achar boas ondas e terminou em terceiro lugar na bateria que classificou para as oitavas-de-final o guarujaense Deivid Silva na primeira posição e o baiano Flávio Costa, na segunda.

Um veterano e dois jovens surfistas se destacaram nas primeiras baterias deste sábado. Wagner Pupo, representante de São Sebastião (SP) de 41 anos, conseguiu a pontuação de 12.74 (em 20 possíveis) e avançou na disputa. Da mesma forma que o ubatubense Matheus Toledo, 19, que somou 11.34. "As expectativas são as melhores, estou focado na vitória", afirma Matheus, filho do bicampeão brasileiro Ricardo Toledo.

É o caso também de Deivid Silva, 15, que obteve a somatória 12.76. "Não é fácil competir com os profissionais, mas vou tentar avançar fase por fase. Já vou ficar bastante feliz se chegar às semifinais", diz Silva. Outro representante da nova geração classificado para o terceiro round é o atleta do Guarujá Caio Ibelli, 16.

Surfistas de oito estados (São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Ceará, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul) participam da etapa de abertura do Maresia Paulista Surf Pro 2010.
Outras duas estão programadas para a temporada. A segunda acontece na praia de Maresias, São Sebastião, dias 31 de julho e 1 de agosto, e a terceira e última foi marcada para a praia de Itamambuca, Ubatuba, dias 13 e 14 de novembro.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ressaca revela ossada


A sequência de cinco ressacas que atingiram o litoral catarinense durante os meses de abril e maio mexeu com as areias e com a história de Garopaba.


As fortes ondulações revelaram um verdadeiro cemitério de baleias no centro da Praia Central da cidade. As ossadas foram desenterradas pelas fortes ondas de maio e cerca de dez carcaças de baleia apareceram na beira da praia, causando a admiração de todos.

Segundo pescadores antigos, muitas famílias nem lembravam mais destas baleias. “Antigamente mal dava para vir à praia, tamanho o fedor de baleia morta”, diz o pescador Paulinho.


Muitas baleias foram mortas na cidade até a década de 70, quando felizmente foi decretada a proibição da caça à baleia. Hoje Garopaba é referência para quem busca acompanhar a Baleia Franca, espécie que procura nossas águas para o acasalamento e a amamentação dos filhotes que aqui nascem.


Algumas ossadas, como estas da foto, foram retiradas do mar e estão sob o calçadão da cidade. Outras tantas ainda estão dentro d’água.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Paranaenses dominam o pódio


A paranaense Pérola de Souza venceu a categoria Feminino da Taça Balneário Camboriú de Bodyboard, realizada nos dias 29 e 30 de maio na praia Central, Balneário Camboriú (SC).

Na final, Pérola saiu da terceira colocação e conseguiu a nota que garantiu sua vitória. Suzane de Oliveira, segunda colocada, completou a grande dobradinha paranaense na final.


O evento foi válido pela segunda etapa do Circuito Catarinense de Bodyboard e com o resultado as atletas melhoram sua colocação no ranking de 2010.

Paralelo ao evento, o Instituto Anjos do Mar, em parceria com a FACDD, realizou uma campanha junto aos atletas e público presente no intuito de arrecadar fraldas geriátricas para doar as famílias que possuem pessoas portadoras de doenças degenerativas.


Uma rifa também foi realizada e como prêmio uma prancha doada pela Genesis foi sorteada. Toda a arrecadação foi repassada ao FACDD.

Resultados da Taça Balneário Camboriú de Bodyboard 2010

1 Pérola de Souza (PR)
2 Suzane de Oliveira (PR)
3 Cristiane Fontoura (SC)
4 Lyege Lourentino (SC)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O sombrero secreto


O caminho das ondas secretas mexicanas está aberto. Gabriel Sodré e a galera do BST Produções, que organiza surf trips para o país, estão novamente indo de encontro com as longas direitas do litoral mexicano.


Em 2009 aconteceram as expedições de busca, que foram divididas em roubadas e descobertas. Carro atolado, dias perdidos nas estradas e perrengues não faltaram, mas a recompensa foi boa.


Ondas para todos os gostos e níveis de surf: pequenas, grandes, tubulares, manobráveis e tudo para que a felicidade de um surfista seja completa.


"A descoberta do caminho via terrestre foi tão boa que resolvi fazer um pacote com filmaker para 2010. A primeira galera foi no mês de abril. Todos ficaram felizes e já estou programando um segundo grupo para o mês de julho", diz Gabriel Sodré, organizador do pacote com direito a guias e videomaker.


São várias ondas exploradas e no vídeo acima dá para perceber o potencial dos lugares.